Criado há um ano, o programa de internacionalização FMO Global engloba workshops, seminários e até Olimpíadas como parte da formação integral dos estudantes de Medicina
Com o objetivo de ir além da proficiência linguística, o programa FMO Global completa um ano em setembro de 2024, oferecendo projetos que têm o potencial de ser um diferencial na formação dos futuros médicos da instituição. A ideia é agregar valor às pesquisas dos alunos de Medicina, permitindo que eles divulguem suas produções científicas em escala global, já que o inglês é a língua mais utilizada nas pesquisas acadêmicas.
O Global Office da FMO, atualmente, é um importante pilar da internacionalização na Faculdade de Medicina de Olinda. Ao todo, 1.600 alunos participam do programa na plataforma Altissia, com mais de 50 mil atividades realizadas corretamente pelos estudantes e um engajamento de mais de 60% dos usuários ativos.
“Com essa capacitação, nossos alunos têm a oportunidade de não só expandir seu alcance, mas também de participar de uma rede internacional de conhecimento e inovação”, explica Marcelo Maia, coordenador do programa da FMO Global, que possui mestrado em Economia e Relações Internacionais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e doutorado em Políticas Públicas e Tecnologia, na Universidade de Aveiro (em Portugal).
“Esses projetos não só impactam diretamente a vida de nossos alunos, mas também contribuem, ainda que indiretamente, para a melhora da saúde global”, continua Maia.
“Em abril de 2024, por exemplo, a instituição realizou oito workshops temáticos voltados para a Medicina, com diferentes níveis de proficiência, alcançando 96 inscritos, que já receberam seus certificados”, diz Maia.
Em julho de 2024, ocorreu a Olimpíada de Inglês em parceria com a plataforma Altissia, com mais de dez mil atividades relacionadas ao idioma. Nos meses de agosto e setembro, a FMO realizou mais cinco workshops de inglês médico, com a participação de 84 alunos, concluindo essas atividades agora em setembro. “E em outubro, ampliaremos ainda mais nossa oferta, com novos cursos que integrarão ciência, empreendedorismo, tecnologia e inglês, além de novos horários para oficinas e workshops”, conclui Maia.
IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA INGLESA NAS PESQUISAS MÉDICAS
A língua inglesa também é dominante nas pesquisas médicas, desempenhando um papel crucial na disseminação de conhecimento e avanços científicos. Abaixo estão alguns dados específicos relacionados ao uso do inglês em pesquisas médicas:
1. Publicações Médicas:
– Cerca de 98% dos artigos médicos indexados no PubMed são publicados em inglês. O PubMed é uma das maiores bases de dados de literatura médica, com milhões de artigos de revistas científicas revisados por pares.
– Em um estudo de 2020, verificou-se que mais de 85% das revistas médicas de maior impacto no mundo publicam exclusivamente em inglês, incluindo importantes periódicos como The Lancet, JAMA (Journal of the American Medical Association), e o New England Journal of Medicine (NEJM).
2. Ensino Médico Internacional:
– 80% dos programas médicos internacionais oferecem cursos e treinamentos em inglês, mesmo em países onde o idioma não é o principal. Por exemplo, muitos países europeus e asiáticos, como Alemanha e China, oferecem programas de medicina em inglês para atrair estudantes internacionais.
3. Pesquisa Clínica e Ensaios Clínicos:
– 95% dos ensaios clínicos registrados no ClinicalTrials.gov, um banco de dados global de estudos clínicos, são conduzidos e relatados em inglês. Esses ensaios clínicos frequentemente envolvem colaborações entre países e empresas farmacêuticas internacionais, tornando o inglês a língua franca da pesquisa clínica.
– O relatório de 2022 da WHO International Clinical Trials Registry Platform indicou que aproximadamente 90% dos documentos clínicos e relatórios de estudos em larga escala, como vacinas e novos tratamentos, são redigidos em inglês.
4. Colaboração Internacional em Pesquisa Médica:
– 72% das publicações de colaborações internacionais em medicina são escritas em inglês, independentemente das línguas nativas dos pesquisadores envolvidos. Um estudo da UNESCO mostrou que esse número é ainda maior em áreas como biomedicina e pesquisa farmacêutica, onde a proporção chega a 88%.
– A plataforma de co-autoria global de pesquisa médica, como a Medline, demonstrou que 86% das co-autorias em estudos multicêntricos são feitas em inglês, consolidando o idioma como principal meio de comunicação entre cientistas de diversas nações.
5. Indexação e Impacto de Revistas Médicas:
– As revistas científicas médicas com maior fator de impacto, como Nature Medicine, The Lancet e JAMA, publicam integralmente em inglês. Cerca de 99% dos artigos mais citados na área médica foram publicados em inglês.
– Um levantamento de 2021 mostrou que todas as 50 revistas médicas de maior fator de impacto global utilizam o inglês como língua oficial, o que contribui para uma maior visibilidade e disseminação dos estudos.
Esses dados evidenciam que o inglês é fundamental para o avanço e a comunicação das pesquisas médicas globalmente. A maioria dos artigos, ensaios clínicos, e colaborações internacionais no campo da medicina ocorre em inglês, facilitando o acesso ao conhecimento e à inovação médica.