Diretor acadêmico da FMO lidera pesquisa em Epidemiologia e Saúde Bucal por meio de consórcio do NIHR, do Reino Unido

Projeto inclui cooperação acadêmica de estudiosos das melhores instituições de ensino do Reino Unido e de pesquisadores de quatro países de baixa e média renda (Brasil, Colômbia, Índia e Quênia), que se reunirão de 14 a 16 de outubro, em Nova Dehli, na Índia

O Diretor Acadêmico da Faculdade de Medicina de Olinda (FMO), Prof. Paulo Goes, lidera um grupo de pesquisa em Epidemiologia e Saúde Bucal, por meio do CORE (Community Focused Oral Health Research for Equity, “Pesquisa em Saúde Bucal focada na Comunidade para a Equidade), consórcio financiado pelo NIHR (National Institute for Health and Care Research), do Reino Unido. O programa tem o objetivo de abordar, durante quatro anos, a negligência sobre as doenças orais no Brasil, Colômbia, Índia e Quênia.

A ideia é trabalhar nas comunidades para melhorar a saúde oral e reduzir as desigualdades nas populações desses quatro países. Além disso, o consórcio estabelece uma cooperação acadêmica entre esses estudiosos de países de baixa e média renda junto ao corpo docente da UCL (University College of London), que tem parcerias com a Universidade de Glasgow (Escócia), a Universidade de Staffordshire (Inglaterra) e a Queen Mary University of London (Inglaterra), instituições do Reino Unido que também fazem parte desse projeto.

O convite para o Prof. Paulo Goes veio por meio de Richard Watt, professor e consultor Honorário em Saúde Pública Odontológica no Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da UCL.

PhD, com tese de doutorado em Epidemiologia e Saúde Pública pela University of London, nono lugar entre as mais renomadas universidades do mundo, segundo o último QS World University Ranking, o professor da FMO pretende estudar, no Brasil, a situação da saúde bucal da população em situação de vulnerabilidade social urbana.

“A cooperação envolve três eixos de pesquisa: iniquidades em saúde, determinantes comerciais da saúde e intervenções no sistemas locais de saúde – em cada eixo desses nós temos o que chamamos de pacotes de trabalho. Dos pacotes a serem trabalhados, escolhemos a borda de Recife e Olinda – essa área aqui da RMR (Região Metropolitana do Recife), que é uma área pobre”, explica o Prof. Paulo Goes.

“Nós entendemos que a principal causa de mortes no mundo, hoje, são as desigualdades sociais. Por exemplo, não é o fumo que causa a doença cardiovascular – mas o estresse social que faz com que as pessoas fumem. Então, existe toda essa filosofia do nosso departamento e, consequentemente, no estudo”, acrescenta Goes, que teve sua tese de doutorado da UCL validada no Brasil pela USP (Universidade de São Paulo), em 2001.

“A ideia é mapear as desigualdades, as ofertas, as áreas de grande pobreza e focar nos determinantes comerciais de saúde bucal, além de tentar propor intervenções dentro do nosso projeto de pesquisa. Outro paradigma que a UCL lidera é a ideia de que nós (países da cooperação), nos nossos ambientes, com os nossos pesquisadores e com os nossos recursos, pensemos em quais as intervenções faremos”, afirma o diretor acadêmico da FMO.

“O grupo se reúne duas vezes por ano – e nessa reunião, na Índia, de 14 a 16 de outubro iremos discutir as questões do projeto e de cada um dos países participantes”, finaliza o Prof. Paulo Goes.

Para outras informações, acesse o site do programa!

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